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Internet: oxigênio do Übermensch do séc. XXI

Eu cheguei à conclusão de que existem dois entes dos quais o ser humano sente falta desesperadamente após alguns minutos de sua ausência: o oxigênio, claro, e a internet. O homem só se dá conta da sua natureza animalesca quando cai a internet. Sob o transe desta “rede de conexões universal”, o homem se eleva à natureza angelical: possui telepatia, vidência e visão extra-humana. Qual animal se comunica com um semelhante da espécime que se encontra do outro lado do mundo? O homo sapiens se eleva aos anjos.             Caiu a internet. Ah, já vai voltar. Não voltou.             E agora? Assim como o oxigênio, a ausência da internet asfixia a alma. Preciso acessar o e-mail. Preciso acessar o Facebook. Preciso digitar aquele documento pelo Word. Você se pergunta há quanto tempo não usa uma caneta. Você sobrevivia antes do advento da internet... É fácil esperar mais um pouco. Mas logo o encantamento passa e a necessidade volta, estrangulando a paciência humana.             Interessante

Sócrates: pai da internet

No Olimpo, os deuses e os sábios se reúnem e discutem após a proclamação de Zeus:   - “Deuses, anjos e sábios, excelsa é a vossa sapiência. Vós, exaltados pelos homens e inspirados pelas musas, sois convocados. Chegada a hora, eu, em minha magnânima onisciência, em matrimônio com as realidades dos povos, elegerei uma invenção que, de minha autoria, foi materializada por um de vós e, presentada aos homens pelo seu intermédio, escreveu seu nome nas consciências humanas. Eleita a específica invenção, aprimorá-la-ei para que se torne, de fato, a panaceia da criação.”   Isidoro de Sevilha, carregando em suas costas o fardo da Antiguidade, exprime: “Deus, tu bem me inspiraste na criação da minha Enciclopédia. Cataloguei, ao sabor do conhecimento contemporâneo, as proezas e o intelecto humano. Se os homens tivessem a quem consultar, obstruindo as vias do mistério divino, certamente fariam o teu desejo nos pormenores da vida.”   Maquiavel, exalando o auge da Renascença e mestre d

Propósito do blogue ''Loucos Anos Vinte''

 Assim como todo blogue do Blogger que era famoso há uns cinco anos atrás, eu convoco o vocativo: Caros leitores! Vocês já sabem que nós iniciamos, no primeiro dia do mês de Jano deste ano, mais uma década. E o primeiro pé já posto nesta década conta com tecnologias e conhecimentos jamais desenvolvidos antes (como acontece há cada dez desde o início da humanidade, ora). Contudo, eu vos proponho uma pouca fração do vosso tempo para dar uma olhadela ao passado. Anos vinte, ah!, loucos anos vinte. Depois de uma guerra mundial, uma crise econômica e a gripe espanhola, uma nova geração desfrutava dos árduos pesares de seus pais. A música, poesia, escultura, pintura e outras expressões humanas metonimicamente chamadas de arte floresciam nas grandes cidades. O crescimento populacional acelerado permitia que a intelectualidade se estabelecesse como um fenômeno. Tomando como exemplo os Estados Unidos, onde o negro iniciava de fato a luta pela sua verdadeira liberdade, onde a mulher se tornava u